O secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Salles, disse que o Estado interditou 21 lixões, neste ano. A meta é chegar ao final do ano sem nenhum aterro inadequado – ainda restam 38. Para ajudar na tarefa, o governo preparou um programa para a criação de aterros regionais consorciados, gerenciados por associações de pequenas prefeituras. Um dos problemas do lixo, diz Salles, está nas cidades menores, que geram um volume baixo de lixo e, por isso, não têm condições de criar empreendimentos de maior porte.

O projeto conta com apoio da Desenvolve SP, agência de fomento paulista, que vai disponibilizar R$ 170 milhões em financiamentos. Salles afirma que a o Estado enfrenta resistência das empresas de aterros, que veem no projeto uma ameaça ao seu negócio. “Essas empresas cobram até R$ 180 por tonelada de lixo das pequenas cidades”, disse o secretário à DINHEIRO, durante um evento na FecomercioSP sobre eficiência energética, na semana passada. Recentemente, Salles esteve envolvido em polêmicas, ao ser acusado de modificar o plano de manejo do Estado para beneficiar indústrias e projetos de mineração.

(Nota publicada na Edição 1033 da Revista Dinheiro)