O empresário Joesley Batista durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS e na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES sobre operações da empresa na tomada de em

O empresário Joesley Batista durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS Marcelo Camargo/Agência Brasil

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou hoje (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer no qual reitera pedido para homologação da rescisão do acordo dos benefícios da delação premiada de Joesley Batista, um dos sócios do grupo J&F, e do executivo do grupo Ricardo Saud. A decisão caberá ao ministro Edson Fachin, relator do caso.

Segundo Dodge, os acusados omitiram da procuradoria a participação do ex-procurador Marcelo Miller a favor dos interesses do grupo J&F e uma suposta conta bancária de Saud no Paraguai.

“Trata-se, portanto, de forte indício, e não mera especulação, a reforçar que os colaboradores agiram movidos pelo intuito de ludibriar o MPF e proteger aliados, em conduta claramente desleal e afrontosa ao pacto que fizeram nos acordos de colaboração premiada e à Justiça”, destaca

Em setembro, Fachin decretou a prisão de ambos após o ex-procurador Rodrigo Janot anular a imunidade penal que foi concedida por ele a Joesley e Saud por ter concluído que os acusados omitiram informações da PGR durante o processo de assinatura do acordo de delação premiada.