20/07/2018 - 11:00
Segundo o Ministério da Educação, houve um crescimento de 133% na quantidade de pólos de educação a distância (EAD) em 2018. Como o senhor avalia o momento deste mercado?
Há um crescimento global no número de pessoas que, se por um lado, estão mais conectadas, por outro, têm menos tempo para seus afazeres cotidianos. Neste sentido, o investimento em novas plataformas tecnológicas de ensino a distância vem para somar os esforços de promover a mudança de paradigmas que o mercado precisa.
O que falta para o setor de EAD no Brasil se igualar ao de grandes potências internacionais?
O mercado de educação a distância ainda está em desenvolvimento no Brasil. As pesquisas mostram que há uma demanda crescente por este novo sistema educacional que precisa ser considerado, principalmente para atender a demanda das gerações digitais. Há desafios metodológicos e tecnológicos que precisam ser superados, mas é uma evolução que vai acontecer naturalmente.
Houve uma mudança no perfil das pessoas que buscavam por cursos EAD no Brasil?
O perfil mudou muito nos últimos anos, influenciado por fatores diferentes. De acordo com dados do Censo EAD no Brasil, no início, era mais comum que as pessoas em fase de pré-aposentadoria buscassem cursos superiores a distância para estudar. Hoje, com a crise econômica, alunos do ensino médio já consideram esse modelo como uma continuidade do estudo universitário. A isso, somam-se os profissionais que buscam novos conhecimentos técnicos para melhorar suas situações salariais ou para conseguirem novos empregos.