31/07/2018 - 7:36
Quatro anos após se tornar símbolo da grande estiagem que afetou o Estado de São Paulo em 2014, Itu está à beira de um novo racionamento. Sem precipitações significativas há 113 dias – nesta segunda-feira, 30, só caiu um chuvisco na cidade, que molhou o asfalto -, os sete mananciais que abastecem a cidade estão com média de 60% da capacidade. O município não é abastecida pelo Cantareira, mas por outros mananciais.
Com a perspectiva de a seca continuar, a prefeitura avisa que, se não houver redução de 30% no consumo, o racionamento poderá ser adotado a qualquer momento. No bairro Cidade Nova, os moradores já reclamam das torneiras secas e voltaram a fazer estoques de água nas casas. “Quando falta na torneira, eu uso a água de tambores”, contou a ajudante geral Lilian Aparecida do Nascimento, de 37 anos.
Segundo a Companhia Ituana de Saneamento, a campanha lançada em março para diminuir o consumo ainda não atingiu a redução de 30%. Na região central, a queda foi de só 11%. A companhia ainda espera elevar a captação de água e informa ter reativado poços em desuso.
Ao menos três cidades do interior paulista já adotaram o racionamento para enfrentar a crise hídrica: Rio das Pedras (onde a interrupção do fornecimento das 9 às 16 horas começou ontem); Santa Cruz das Palmeiras; e Tambaú (que proibiu lavar calçadas e carros, sob pena de multa de R$ 771).
Rios
Sem uma grande precipitação há mais de 90 dias, rios importantes do interior de São Paulo também estão quase secos. Em Salto, por exemplo, o Rio Tietê praticamente desapareceu entre as pedras no Complexo da Cachoeira, região central da cidade. A poluição concentrada na pouca água produz espuma e o mau cheiro afugenta os visitantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.