A safra de 2009 foi especial na Serra Gaúcha, sobretudo para as variedades pinot noir e chardonnay, usadas na maior parte dos espumantes da região. Para aproveitar a qualidade daquelas uvas e já vislumbrando a comemoração de 30 anos da vinícola de sua família, celebrados agora, o enólogo Adriano Miolo teve a boa ideia de reservar 1.830 garrafas de modo que o líquido nelas contido pudesse evoluir ao longo de uma década. O resultado acaba de ser lançado em uma embalagem luxuosa e atende pelo nome Íride, homenagem à avó paterna de Adriano. “Entendemos que era preciso adicionar à nossa linha de espumantes um rótulo icônico como o Lote 43 é para os tintos”, afirma o enólogo, que também dirige a empresa. Apesar dos dez anos em que o mosto das uvas permaneceu em contato com as leveduras (o que em enologia é chamado “sur lie”), a bebida impressiona pelo frescor. De cor límpida e com aromas tostados típicos dos champanhes, o Íride não recebeu adição de açúcar no licor de expedição, como ocorre em espumantes brut. Por isso, é classificado como nature. Chega ao mercado custando entre R$ 300 e R$ 350.

(Nota publicada na Edição 1143 da Revista Dinheiro)