28/02/2020 - 15:52
Enquanto o mercado interno celebra a quebra histórica da barreira de consumo de vinhos, com 2,12 litros per capta em 2019, as exportações também animam os produtores brasileiros. Para a Miolo Wine Group, cujas vendas para o exterior cresceram 20% no ano passado, a meta em 2020 é dobrar o volume exportado. Parte da estratégia envolve países onde os rótulos da vinícola são os únicos representantes brasileiros.
A Rússia é um deles. Depois de um contrato celebrado em março de 2019 durante a mais importante feira do setor no mundo – a ProWein, em Düsseldorf (Alemanha), o país famoso pelo apreço à vodca começou a rebeber as primeiras garrafas de vinho do Brasil em dezembro passado.
Na Guatemala, que adquiriu 12 rótulos da Miolo, a receptividade tem sido tão boa que os pedidos já foram renovados quatro vezes em um ano.
Para a Nigéria, a primeira remessa ocorreu agora em fevereiro. Bélgica, Peru e Polônia estão entre os mercados que se converteram em clientes da marca recentemente.
Hoje, a Miolo exporta para 30 países – o Reino Unido é o principal mercado da marca, mas a posição vem sendo ameaçada pela China, onde 15 lojas comercializam os rótulos da vinícola, entre eles o Riqueza, exclusivo para exportação.
“O mundo provou e aprovou nossos produtos e este é um caminho sem volta e que só tende a crescer”, afirma o gerente de exportações da Miolo, Anderson Tirloni. “Seguimos engarrafando histórias e mostrando ao mundo que sabemos elaborar grandes vinhos. O reconhecimento é uma realidade”. O grupo é hoje o maior exportador de vinhos finos do Brasil.