18/11/2020 - 11:44
Diante de uma ligeira melhora no “front” epidemiológico, o governo francês se reúne, nesta quarta-feira (18), para se preparar para a saída do segundo confinamento até o Natal, mas alertou que o relaxamento das medidas será progressivo.
O presidente Emmanuel Macron convocou para hoje um novo Conselho de Defesa e Segurança Nacional (CDSN), onde será discutida a melhor forma de flexibilizar o confinamento, sem reativar a circulação do vírus.
Embora se tenha passado de dois milhões de casos desde março, “a epidemia está desacelerando”, disse o diretor-geral de saúde da França, Jérôme Salomon, na terça-feira à noite.
Ele alertou, no entanto, que “a pressão nos hospitais continua muito alta”, com 33.170 pacientes hospitalizados.
Entre esses pacientes, mais de 4.800 deram entrada na terapia intensiva na terça-feira, e o índice diário de óbitos nos hospitais também não está diminuindo, com 437 óbitos registrados nas últimas 24 horas.
Segundo uma fonte próxima ao Executivo, Macron planeja fazer um pronunciamento na próxima semana para anunciar aos franceses as etapas de um “desconfinamento progressivo”.
Os locais de culto poderão voltar a abrir suas portas a partir de 1o de dezembro, com maiores restrições sanitárias, assim como os centros esportivos – neste caso, apenas para menores.
O Executivo ainda não tomou uma decisão sobre a reabertura dos estabelecimentos comerciais “não essenciais”, como livrarias e lojas de brinquedos. As lojas exigem uma reabertura a partir de 27 de novembro, dia em que começam os saldos da “Black Friday”.
A situação parece ainda mais complicada para bares e restaurantes. Para eles, o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, prometeu “novidades no início de dezembro”, mas muitos temem que permanecerão fechados até 2021.
Os franceses também estão ansiosos para saber se poderão viajar para passar o Natal em família. No momento, viagens entre regiões são proibidas.
O presidente Macron decretou, em 30 de outubro, um segundo bloqueio nacional para interromper a segunda onda de contágios pela covid-19.
Hoje, a população pode sair de casa apenas para ir trabalhar, quando não for possível fazê-lo remotamente; ir a uma consulta médica; ajudar um familiar; fazer compras essenciais, ou sair rapidamente para fazer exercícios, ou dar um passeio perto de sua residência.