14/10/2021 - 12:01
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quinta-feira que os desafios impostos ao mundo pela pandemia reforçam a percepção de que a ascensão econômica de grandes atores globais, como a China, coincide com o momento em que a humanidade precisa transformar seu paradigma produtivo. Entre as mudanças, de acordo com ele, estão a redução das taxas de emissão de carbono e a ampliação da biodiversidade. “A sustentabilidade tornou-se requisito essencial do pacto de gerações neste século XXI, ditando os novos rumos para o desenvolvimento científico e tecnológico em setores como energia, transportes, produção industrial, uso da terra, da água e da biodiversidade”, citou.
Durante a cerimônia do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) para divulgar o relatório “Sustentabilidade e Tecnologia como Bases para a Cooperação Brasil-China”, o vice-presidente ressaltou que o êxito agroexportador do Brasil encontra-se cada vez mais vinculado a requisitos ambientais que se somam às exigências fitossanitárias dos países importadores.
O documento conta com sugestões sobre os pontos que deveriam ser abordados pelos dois países durante a 6ª edição da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), prevista para ser realizada no Brasil no início do próximo ano.
Mourão é o presidente da Cosban pelo Brasil e o vice-presidente Wang Qishan, pela China. Além do vice-presidente, participaram do evento a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães. “A pesquisa, o desenvolvimento e a inovação são componentes estratégicos para que nossas empresas estejam em condições de crescer em um ambiente internacional cada vez mais competitivo, dinâmico e sustentável”, afirmou.
O vice-presidente também observou que a evolução do contexto mundial e a necessária atualização da agenda bilateral exigirão a incorporação de novos elementos para cooperação em matérias de tecnologia e sustentabilidade. “Precisamos estar preparados para mitigar os riscos e aproveitar as oportunidades que se apresentam neste novo contexto”, afirmou.