Em mais um ataque às vacinas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse em sua live na última quinta-feira (21) que os vacinados estariam desenvolvendo AIDS após serem imunizados contra a covid-19. A informação, no entanto, é falsa. 

O presidente usou uma notícia que está circulando nas redes atribuindo a notícia a um relatório desenvolvido pelo governo do Reino Unido. A mensagem diz que “uma comparação de relatórios oficiais do governo sugere que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida muito mais rápido do que o previsto” e foi postada no site beforeitnews.com.

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Em entrevista dada ao G1, a oficial de comunicações da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido Zahraa Vindhani confirmou que a teoria da conspiração não procede. “As vacinas contra a Covid-19 não causam Aids, que é causada pelo HIV”, esclareceu. 

Especialistas são unânimes em dizer que não faz sentido o argumento de que as vacinas atacam o sistema imunológico. As pesquisas realizadas pela Public Health England confirmaram, ao contrário da fake news, de que as vacinas são eficazes contra a covid-19.

O presidente Bolsonaro disse, no dia 13 de setembro, que não se vacinou contra a doença e que estaria imune a ela por conta de seu exame IGG, que mede o número de anticorpos em seu organismo, estar alto. A posição, porém, vai na contramão de todos os especialistas que alegam que mesmo quem já tenha contraído a doença precisa se vacinar para estar imune.