08/11/2021 - 22:21
Uma família que comprou o que deveria ser um Husky Siberiano ficou chocada ao descobrir que se tratava de uma raposa. Um vigarista de Lima, no Peru, passou o animal como um cachorro de raça, conhecido nas regiões mais frias.
O engano aconteceu quando a mãe de um menino disse que ele poderia comprar um cachorrinho. Um criador de animais vendeu ao garoto um filhote de raposa andina, que o menino chamou de ‘Run Run’ (Corra Corra), por cerca de 52 soles peruanos, aproximadamente 72 reais.
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O menino começou a criar o filhote fofo como animal de estimação até que ele começou a crescer e se tornar cada vez mais agressivo com os membros da família, logo seu pai percebeu que era uma raposa que eles estavam criando e não um Husky Siberiano. Ele também disse que notou que o cheiro das fezes e da urina do animal era mais forte do que a maioria dos excrementos dos cães.
Durante uma forte tempestade no bairro, a raposa escapou de sua casa e desde então foi deixada vagando pela vizinhança, onde costuma ser vista nos telhados. Os vizinhos da família não conseguiram pegar o animal desde que fugiu. O predador se alimenta de galinhas, patos e porquinhos-da-índia da comunidade local para sobreviver, a um custo para os pais do menino.
A mãe do menino, Maribel Sotero, disse: ‘Às vezes, ele come quatro ou cinco porquinhos-da-índia e eu tenho que pagar por eles. ‘Nós pensamos que ele era um cachorrinho de raça pura.’
Um dos vizinhos da Sra. Sotelo, que mantém porquinhos-da-índia em uma gaiola de madeira externa, disse que a raposa continua roendo a malha de metal para arrancar seus pequenos animais de estimação, acrescentando que muitas vezes ela só encontra suas cabeças e peles.
Os vizinhos também reclamam do forte cheiro de fezes deixado pela raposa perto de suas casas onde moram crianças e idosos.
Um morador disse à mídia local: ‘Já falei com a proprietária e ela parece desesperada. ‘Precisamos de ajuda, ele precisa ser capturado e levado para a selva.’ Os pais do menino pediram às autoridades locais que intervenham e levem a raposa para seu habitat natural.
As autoridades acharam difícil capturar a raposa devido à quantidade de pessoas que assusta o animal, mas planejavam levá-la ao Zoológico para viver sua vida mais tranquila.
Walter Silva, veterinário e especialista em vida selvagem, disse que muitos animais selvagens são trazidos por ‘traficantes’. O comércio ilegal de animais é crime no Peru e acarreta penas de três a cinco anos de prisão.