17/11/2021 - 16:28
O Ministério da Agricultura informa, em nota, que autoridades e empresários russos com os quais a ministra Tereza Cristina se reuniu em Moscou garantiram que não vão deixar de cumprir os contratos de fornecimento de fertilizantes ao Brasil, com possibilidade de aumentar o volume de exportações. “O ministro do Desenvolvimento Econômico da Rússia, Maksim Reshetnikov, assegurou a manutenção do fornecimento ao Brasil de fertilizantes de potássio e fosfato e, se possível, aumento de exportações para a próxima safra.”
Ainda segundo a pasta, o vice-presidente da produtora global de fertilizantes minerais complexos Acron, Vladimir Kantor, assegurou o aumento de ao menos 10% das exportações de fertilizantes para o Brasil.
Nesta quinta-feira, 18, Tereza Cristina deve se reunir com o CEO da Uralkali, produtora e exportadora russa de fertilizantes à base de potássio.
O representante da empresa russa PhosAgro, Andrey Guryev, disse que o Brasil “pode contar” com eles. A holding química russa é produtora de fertilizantes, fosfatos e fosfatos para alimentação animal, sendo um dos principais fabricantes mundiais de fertilizantes fosfatados. Segundo a Agricultura, a ministra Tereza Cristina ouviu do CEO da EuroChem, Vladimir Rashevskiy, planos de investimentos da empresa no Brasil para aumento da produção nacional de fertilizantes. A EuroChem é líder mundial na produção de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos.
A Rússia representa cerca de 20% do total de fertilizantes importados pelo Brasil. Recentemente, o governo do país anunciou restrições às exportações de fertilizantes nitrogenados por meio de cotas de exportação pelo período de seis meses a partir de 1º de dezembro, com o objetivo de evitar escassez no mercado interno.
Cotas para as carnes
Quanto ao segmento de carnes, Tereza Cristina se reuniu com o chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Sergey Dankvert, que garantiu a realização de uma visita de inspeção ao Brasil, ainda no primeiro trimestre de 2022, o que possibilitará a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação. O governo russo anunciou que abrirá uma cota de 300 mil toneladas de carne (200 mil toneladas de carne bovina e 100 mil toneladas de carne suína) com tarifa zero de importação por seis meses, mercado que pode ser utilizado pelo Brasil. A tarifa de importação hoje, até 530 mil toneladas, é de 15%.