O Santander Brasil fechou o ano de 2021 com lucro de R$ 16,347 bilhões, uma alta de 7% em relação a 2020. Olhando apenas para o quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido gerencial (que desconsidera o ágio de aquisições) foi de R$ 3,88 bilhões, queda de 2% em relação ao mesmo período de 2020, e de 10,6% ante o terceiro trimestre (anterior). A queda dos resultados da tesouraria do banco provocou a baixa no lucro neste período, como já era esperado pelo mercado.

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“Alcançamos um lucro líquido de R$ 16,347 milhões (em 2021), que destaca nossa consistente história de crescimento, baseado em um balanço sólido, com níveis de capital e liquidez em patamares confortáveis”, afirma o CFO do Santander, Angel Santodomingo, no release de resultados.

Com a baixa no lucro, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) caiu 0,1 ponto porcentual no ano cheio, para 21,2%. No quarto trimestre, o indicador recuou 2,3 pontos porcentuais, para 20%. No quarto trimestre de 2020, o ROAE do Santander havia sido de 20,9%.

A margem financeira líquida da instituição foi de R$ 14,150 bilhões entre outubro e dezembro, um avanço de 14,1% no comparativo anual, mas queda de 3,2% em base trimestral. A baixa foi provocada pela margem com mercado, que reflete o resultado da tesouraria.

Já a margem com clientes avançou tanto em base anual quanto na trimestral. No espaço de três meses, houve alta de 2,6%, para R$ 12,407 bilhões. Em um ano, o número subiu 16,5%. Segundo o Santander, o acréscimo se deve a um mix mais rentável de produtos e também ao aumento dos volumes. No ano, a margem financeira bruta do banco foi de R$ 55,617 bilhões, alta de 8,8% ante 2020.

Com este avanço na margem com clientes, a margem do Santander avançou no quarto trimestre, saindo de 9,8% no mesmo período de 2020 para 10,4%. No acumulado de 2021, porém, recuou 0,2 ponto porcentual, para 10,4%.

No período de três meses encerrado em dezembro, a carteira de crédito do banco chegou a R$ 462,749 bilhões, alta de 12,4% em um ano e de 2,8% em um trimestre. O maior crescimento veio do crédito voltado a pessoas físicas, que chegou a R$ 210,246 bilhões, avanço de 20,6% no comparativo anual. O crédito para pequenas e médias empresas veio em seguida, com avanço de 12,9%, para R$ 61,612 bilhões.

Ao todo, a carteira de crédito ampliada do banco, que inclui títulos como debêntures e certificados de recebíveis, fechou 2021 em R$ 536,470 bilhões, um avanço de 11,8% em base anual, e de 1,9% no comparativo trimestral.