O Rio não viu ruas lotadas como em outros anos, mas houve grupos de foliões que saíram com música e fantasias no primeiro dia de carnaval, apesar da proibição de blocos por causa da variante Ômicron do coronavírus. Até o início da noite do sábado, a Secretaria Municipal de Ordem Pública disse ter desmobilizado três blocos irregulares no centro.

É o segundo ano em que a covid-19 motiva o feto à folia. Outras cidades onde o carnaval de rua tem forte apelo – como Salvador, Olinda, São Paulo e Belo Horizonte – adotaram restrições semelhantes.

Os foliões estavam na Praça da Harmonia, Praça XV e na Pedra do Sal. A Guarda Municipal não informou os nomes dos grupos. A prefeitura autorizou só festas e blocos em locais fechados, alegando que assim é possível controlar a entrada por meio do passaporte vacinal ou testes.

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Embora haja recente queda de infecções e mortes por covid, a média de vítimas segue superior a 700 por dia. Mas parte dos foliões vê na permissão só de eventos privados uma elitização da festa popular.

Segundo a secretaria, a dispersão tem sido feita à base de conscientização e diálogo, evitando qualquer tipo de conflito ou repressão.

Conforme a pasta, em algumas situações o bloco se reúne em outros locais após a dispersão e é necessária nova intervenção. Não houve aplicação de multas ou apreensões.

O Rio diz ter mobilizado 1.260 agentes por dia e afirma ter até se infiltrado em grupos de aplicativos de mensagem para rastrear a mobilização dos blocos clandestinos. Já a Prefeitura de São Paulo não divulgou balanço de fiscalização.

Histórico

No último dia 20, pela manhã, guardas municipais já tinham dispersado um bloco no centro do Rio, na Praça da Cruz Vermelha.

No dia anterior, a secretaria havia detectado também outro evento clandestino no centro e destacou uma equipe da Guarda para o local. Cerca de 100 pessoas estavam no evento, que foi desmobilizado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.