O inverno começa em junho, daqui cerca de dois meses, e já mostra sinais de tempo frio desde a chegada do outono. Com a mudança de estação, o varejo segue a tendência de trocar os looks expostos nas araras, a fim de atrair clientes que deixam as compras para a última hora.

“Os preços sobem no auge dos dias mais frios, quando os consumidores sentem a necessidade de ter roupas de inverno novas”, alerta Gilberto Braga, economista especialista em Varejo e professor do IBMEC RJ.

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Qual é o momento de comprar?

Há dois momentos que são oportunos para comprar roupas de inverno: quando se lança a coleção, que geralmente são inauguradas quando a estação está chegando; ou quando a coleção está virando para usar no próximo inverno, e acaba tendo um valor melhor. É o que explica Joice Sens, fundadora da LIVE!, marca de vestuário nacional.

Ela colabora com a avaliação do economista: o maior preço é quando o inverno está batendo na porta e a coleção é lançada. “Esse é o momento que tem mais demanda de consumo dos produtos. Quando começa a chegar o verão, junto à troca de coleção e sale, é quando atinge o menor preço”, acrescenta Sens. 

Onde a demanda é maior?

Braga acrescenta que, na média, há menos dias frios no inverno do Brasil do que dias quentes, determinando que a demanda por roupas de frio sejam mais procuradas na Região Sul e em localidades específicas das Regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Como economizar?

Pesquisar preços em diversas lojas, usar as liquidações para adquirir tricô, casaco, calças, blusas, entre outras peças de frio, pode ser uma forma eficaz de economizar, conforme explica Cynthia Figueira, especialista de Moda do Senac RJ.

“Há muitos e-commerces com peças de todos os tipos e estações à venda durante todo o ano. Muitas marcas de moda mantém um estoque no site com peças de outras coleções em sale ou bazar e, pesquisar essas peças garante boa economia de uma forma cômoda também”, sugere a especialista.

Outra dica dica é sempre se questionar se está mesmo precisando daquela peça nova, mesmo se ela estiver em liquidação, e evitar as compras por impulso, mesmo se encontrar uma pechinha.

“Você pode acabar nem usando o que comprou, só pela oportunidade do preço. Olhe para o seu armário, faça uma limpeza de peças que não são mais o seu estilo e que você não vai mais usar. Sempre haverá peças de inverno que podem ser usadas, perfeitamente, no inverno seguinte, porque são peças clássicas e nunca saem de moda, como botas, jaquetas, tricôs, parkas, casacos e blazers, trench coat, pashiminas, lenços, entre outros”, finaliza Cynthia.

Evite endividamento

Por mais que sejam itens essenciais, o consumidor pode se organizar para gastar com parcimônia. Um dos motivos para não se endividar neste momento é, principalmente, o aumento de juros, que incide sobre os preços e o parcelamento do cartão de crédito, por exemplo.

Deve-se evitar o endividamento na compra dos itens de vestuário de inverno, sendo uma opção a reciclagem de roupas antigas e busca por brechós de roupas usadas. A roupa de inverno, por ser normalmente menos usada do que roupas de verão, pode ser encontrada em boas condições de conservações em brechós.