12/03/2024 - 12:57
A inflação de serviços – usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços – passou de um aumento de 0,02% em janeiro para uma alta de 1,06% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A aceleração nos serviços foi puxada pelos reajustes de mensalidades escolares, justificou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
Os preços de itens monitorados pelo governo saíram de alta de 0,19% em janeiro para aumento de 0,88% em fevereiro.
No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 5,62% em janeiro para 5,25% em fevereiro, menor patamar desde janeiro de 2022, quando estava em 5,09%.
“O que a gente observa é uma desaceleração no índice de serviços (em 12 meses)”, apontou Almeida.
Segundo ele, a taxa acumulada em 12 meses pela inflação de serviços vem perdendo força a despeito da queda na taxa de desemprego e da alta na massa salarial.
“São fatores que podem influenciar (demanda e preços), mas a inflação está desacelerando”, reafirmou. “Então os serviços têm desacelerado, porém ainda se situam acima do índice geral”, completou Almeida.
O IPCA acumulado nos 12 meses terminados em fevereiro foi de 4,50%. Houve pressão maior dos itens monitorados pelo governo.
A inflação de monitorados em 12 meses saiu de 8,56% em janeiro para 8,60% em fevereiro.
Almeida explica que, embora possa existir eventual influência de indexação, ou seja, de reajustes que buscam recuperar a inflação passada em alguns itens monitorados, a principal pressão sobre a inflação de itens administrados partiu da gasolina, cujo preço flutua em função de outras variáveis, como a cotação internacional do barril de petróleo e alteração da alíquota de tributos.