O dólar oscilou com ímpeto limitado nesta sexta-feira, à medida que a agenda econômica esvaziada nos Estados Unidos permitiu que o mercado consolidasse a expectativa em relaxamento monetário no país. O euro, no entanto, teve mais dificuldades para se aproveitar da fraqueza da moeda americana, após a inflação ao consumidor estabilizada corroborar a aposta em cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE) já no mês que vem.

O índice DXY, que mede a variação divisa dos EUA ante seis rivais fortes, fechou em baixa marginal de 0,02%, aos 104,445 pontos, com queda de 0,81% na semana.

“Entre as notícias sobre a inflação desta semana, o recente abrandamento dos números da atividade e a posição relativamente cautelosa do Fomc Comitê Federal de Mercado Aberto, o dólar devolveu agora a maior parte dos seus ganhos desde o choque dos dados do CPI de março”, resume a Capital Economics.

O câmbio, inclusive, conseguiu se isolar da escalada dos juros dos Treasuries nesta tarde, após a diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Michelle Bowman afirmar que ainda está aberta à possibilidade de um novo aumento de juros à frente, a depender da evolução dos indicadores econômicos.

Do outro lado do Atlântico, por outro lado, as condições se alinham para um corte das taxas básicas do BCE no próximo encontro, em junho. O índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro subiu 2,4% na comparação anual de abril, conforme revelado hoje. Assim, por volta das 17h (de Brasília), o euro subia a US$ 1,0876, mais fraco que libra, que avançava a US$ 1,2707. O dólar também aumentava a 155,65 ienes.

A discussão agora recai para o passos do BCE após o primeiro corte de juros. A dirigente Isabel Schnabel disse hoje que não há garantias por um afrouxamento monetário no encontro seguinte, em julho. O também dirigente Bostjan Vasle argumentou que as opções precisam seguir abertas.