São Paulo, 24 – As vendas da safra 2024/25 de algodão em Mato Grosso estão atrasadas. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 21,84% da produção estimada foi comercializada até agosto, atraso de 19,79 pontos porcentuais em relação à média dos últimos cinco anos. Até o momento, o preço médio ponderado da comercialização foi de R$ 131,69 por arroba, o que tem coberto os custos de produção da cotonicultura em Mato Grosso.

No entanto, o Imea aponta que, para que os cotonicultores consigam cobrir o Custo Operacional Total (COT), de R$ 14.230,91 por hectare na safra 2024/25, a pluma precisaria ser vendida a pelo menos R$ 117,67 por arroba. Para cobrir o custo total, o preço mínimo necessário é de R$ 131,19 por arroba.

A cotação da torta de algodão disponível em Mato Grosso registrou valorização de 0,15% em relação à semana anterior, ficando em R$ 679,38 por tonelada. No mercado internacional, a paridade de exportação do contrato de julho de 2025 subiu 1,96%, refletindo o aumento na cotação do contrato da ICE em Nova York.

O custo de produção da safra 2024/25 do algodão em Mato Grosso foi estimado em R$ 9.801,76 por hectare, com uma leve redução de 0,11% em relação à projeção de julho. O Custo Operacional Total (COT) e o Custo Total (CT) ficaram em R$ 14.230,91 e R$ 15.867,21 por hectare, respectivamente.

Segundo a primeira projeção da safra 2024/25, divulgada em setembro pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a área cultivada de algodão no Brasil deverá alcançar 2,14 milhões de hectares, um aumento de 7,35% em relação à safra 2023/24. Mato Grosso e Bahia são os principais estados responsáveis por esse crescimento.

A produção total de pluma para a safra 2024/25 está projetada em 3,97 milhões de toneladas, um aumento de 8,00% em comparação ao ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde para o país.