01/11/2024 - 9:03
Quando achávamos que as ações contra a privatização da Vale, que demoraram 27 anos para ser resolvidas, eram a notícia mais espetacularmente bizarra sobre o assunto, descobrimos que ela foi superada por outra no ranking das ações mais longevas do País — ironicamente uma que envolve a estatização que deu origem à Vale do Rio Doce.
Esta ação foi movida no início dos anos 1960 — e até agora não teve um desfecho, apesar de já ter transitado em julgado no STF.
Quando o presidente Getúlio Vargas encampou a Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia (CBMS) para criar a Companhia Vale do Rio Doce, em 1942, a companhia estatizada tinha 27 acionistas. Em 1967, acionistas da CMBS decidiram processar a União cobrando uma indenização suplementar, com todos os acréscimos devidos.
A ação só foi desarquivada 15 anos atrás, quando herdeiros dos acionistas originais retomaram o processo. O processo ficou paralisado por mais de 10 anos e agora está na fase de liquidação da sentença. A última atualização foi uma intimação da Justiça em agosto pedindo à Vale para fornecer todas as atas de suas assembleias, desde 1942.
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