26/11/2024 - 15:57
No dia 13 de agosto deste ano, em uma sala de reunião no Itaim Bibi, foi oficialmente lançada a Fructus. Uma empresa do quarto setor cujo objetivo é promover o empreendedorismo feminino por meio de vendas online e estratégias de marketing digital. À frente do negócio estão as empresárias Júlia Freixo e Amanda Negrelli.
Nesse dia, Júlia e Amanda reuniram-se com 10 mulheres, todas sem qualquer experiência em marketing digital ou vendas, para dar início a um projeto piloto. A proposta era ensinar essas mulheres a venderem produtos físicos virais pela internet, utilizando apenas um aparelho celular.
Um mês depois, a Fructus já havia dobrado de tamanho. O que começou como um projeto piloto transformou-se oficialmente em um negócio.
A trajetória da Fructus, marcada por capacitação, trabalho e criação de oportunidades, reflete, em muitos aspectos, a história de vida de suas fundadoras.
Júlia, natural de Pimenta (MG), mudou-se ainda jovem para São Paulo em busca das oportunidades que a metrópole podia oferecer. Com orgulho, ela relembra os anos em que trabalhou como manicure, profissão que lhe permitiu economizar o suficiente para investir em sua formação. Primeiro, cursou contabilidade e, mais tarde, concluiu a graduação em Direito.
Amanda nasceu no interior do Espírito Santo e durante a sua infância e adolescência viveu na pele a violência doméstica. Ao longo da sua vida já trabalhou como faxineira, vendedora e modelo. Mas, quando estava grávida do seu primogênito e sem perspectivas devido à falta de formação acadêmica, encontrou na internet, uma forma de mudar a sua vida e a da sua família. Tornou-se especialista em vendas pelo WhatsApp, desenvolvendo seu próprio método e transformando essa habilidade em sua profissão.
“Tanto eu quanto a Amanda temos trajetórias de vida marcadas por muito trabalho. Agarramos todas as oportunidades que tivemos. Agora, estamos criando uma alternativa para que outras mulheres possam fazer o mesmo”, explica Julia.
“Nosso objetivo com a Fructus é ver outras mulheres acreditando no próprio potencial, sentindo-se mais confiantes e felizes graças ao próprio esforço”, diz Amanda. “É essa transformação na vida das pessoas que almejamos com a empresa. Mostrar que, independente de onde você veio, do quanto estudou, você é capaz de começar ou recomeçar”, completa.
Após o lançamento, segundo as empresárias, vários profissionais de diferentes áreas de atuação as procuraram interessados em contribuir com a iniciativa. Com a ajuda desse conhecimento intelectual e profissional, elas planejam ampliar a Fructus para atender a um número ainda maior de mulheres. Uma das frentes de expansão em estudo, por exemplo, são parcerias com instituições que tenham afinidade com o projeto.
Atualmente, a empresa conta com uma frente de Projeto Social e outra de equipe de vendas internas, cuja receita é destinada a retroalimentar financeiramente a empresa. Dessa forma, ela se torna sustentável. Agora, o objetivo é ampliar o número de membros do Projeto e vendas próprias com a seleção de novas candidatas.
Desde o lançamento até agora, as participantes do projeto realizaram a venda de mais de 1.230 produtos, com receita bruta conjunta superior a R$ 150.000,00.
Os números da Fructus reforçam ainda mais a onda de crescimento de vendas na internet. Recentemente, o Mercado Livre alcançou a 57ª posição na edição 2024 do ranking BrandZ Global, realizado pela consultoria Kantar. Esse avanço colocou o Mercado Livre no Top 10 das marcas de varejo mais valiosas do mundo.
Para Amanda, vender online, por meio do WhatsApp, é a forma mais rápida de quebrar a crença que quase todo mundo tem, de que não consegue vender pela internet. Porém, a empresária alerta que essa não é uma forma de ganhar dinheiro fácil. Como toda profissão, demanda conhecimento e prática. “Com a orientação da Fructus, é possível aprender tendo suporte e ganhando dinheiro”.
O desempenho varia de vendedora para vendedora. Mas, segundo Julia, as mais bem sucedidas já estavam com ganhos superiores a R$3.500,00 mensais. “É uma renda interessante e pode servir de ponto de partida para que essas mulheres se tornem donas de sua própria história e se tornem independentes financeiramente se valendo do negócio de venda pela internet”, afirma.
Cláudia, uma das participantes do projeto, relata que as comissões obtidas com as vendas da Fructus foram fundamentais para quitar as contas de um mês. “Se eu não tivesse esse recurso, teria atrasado as despesas de casa”, afirma. Ela também destaca que trabalhar com vendas online proporciona liberdade geográfica, permitindo que ela exerça sua atividade de qualquer lugar com acesso à internet.
“Que todas alcancem a sua independência financeira por meio do seu próprio trabalho, assim como um dia Amanda e eu conseguimos”, enfatiza Júlia.
Para acompanhar o projeto, clique aqui.