28/01/2025 - 18:17
O dólar avançou hoje frente às principais moedas, impulsionado por preocupações renovadas com as ameaças tarifárias de Washington. A moeda americana ganhou ímpeto após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar ontem que pretende impor tarifas universais “bem maiores” que 2,5% sobre as importações globais. Além disso, Trump também revelou planos para tarifar setores-chave, como semicondutores, aço, alumínio e cobre, além de impor tarifas a países que representam uma “ameaça à segurança americana”.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis principais moedas, fechou em alta de 0,49%, a 107,866 pontos. O dólar era cotado em alta a 155,53 ienes. A libra esterlina recuou a US$ 1,2443. O euro cedeu a US$ 1,0437. O dólar recuou a 20,5591 pesos mexicanos e avançou a 1,4400 dólares canadenses.
Hoje, na primeira coletiva de imprensa do segundo mandato de Trump, a secretária de imprensa dos EUA reafirmou que a data de 1º de fevereiro para as tarifas contra o México e Canadá é válida.
A Capital Economics pondera que as ameaças tarifárias de Trump “até agora têm se concentrado principalmente nas Américas, com o México parecendo particularmente vulnerável”. A instituição afirma que, contudo, os países emergentes parecem “bem posicionados” para enfrentar um ambiente de dólar mais fortalecido.
Já o ING afirma que o dólar se recuperou “fortemente” no final de ontem, “quando Trump trouxe de volta o tema relativamente inativo das tarifas universais”. O banco aponta que o fato de os planos tarifários estarem sendo elaborados pelo Tesouro, e não apenas insinuados por Trump, “significa que o prêmio de risco adicional agora embutido nas trocas de dólar pode ser mais difícil de diminuir”. As tarifas, para a instituição, são uma preocupação maior e de longo prazo para o mercado cambial.
A Global FX segue na mesma linha, e diz que “toda vez que o mercado fica preocupado com tarifas, o dólar dos EUA sobe com força”.