O presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, disse nesta quarta-feira (6) que um “grande número de tucanos, talvez até a maioria” da bancada ainda está “vacilando” sobre a reforma da Previdência. Goldman reforçou que a legenda vai esperar a definição do texto final e a data da votação no plenário da Câmara para deliberar sobre o fechamento de questão. Ele destacou que a decisão de outros partidos sobre o assunto não será fator “decisivo” para o PSDB.

“Tem pessoas (no partido) que já têm posição absolutamente firmada contra, outras têm (posição) absolutamente firmada a favor, e outros têm, um grande número, talvez, até a maioria, ainda vacilando, não tendo certeza, não tendo convicção total da necessidade das mudanças”, afirmou durante coletiva de imprensa.

A declaração foi dada após reunião esvaziada da Executiva nacional do partido, em Brasília, com a participação do secretário de Previdência, Marcelo Caetano, e do relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA). No encontro de hoje, estiveram presentes apenas 11 dos 46 deputados e quatro dos 11 senadores do partido. O líder da Câmara, Ricardo Trípoli (SP), se ausentou com a justificativa de que participaria de uma reunião de líderes na Casa no mesmo horário. O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, também participou da reunião.

Em entrevista a jornalistas, o presidente interino do PSDB foi questionado sobre o que falta para a sigla decidir se fechará questão em torno da reforma da Previdência. “Nós não temos ainda um texto final, nós não temos ainda a data marcada para a votação. Estava previsto que seria esta semana, que seria hoje (nesta quarta), depois foi adiado para a semana seguinte. Nós não temos nenhuma confirmação de que essa votação se dará na semana seguinte. O próprio presidente (Michel Temer) está avaliando isso junto com todas as bancadas.”