30/03/2019 - 18:08
Dois homens morreram após dois tiroteios envolvendo policiais na Ilha do Governador, zona norte do Rio, na manhã de sexta-feira, 29. Os casos envolvem uma guerra de versões entre a Polícia Militar (PM) e parentes dos mortos, que seriam um pescador de 49 anos e um estudante de 18.
Oficialmente, a PM informou que houve dois tiroteios na Ilha na sexta-feira. Num dos casos, conforme o relato da assessoria de imprensa da corporação, policiais militares do 17º BPM (Ilha do Governador) estavam em patrulhamento numa estrada, por volta das 10h30, quando observaram uma motocicleta com dois ocupantes em atitude suspeita.
“No momento da abordagem a moto, criminosos num veículo efetuaram disparos contra os militares. Houve confronto”, diz a nota enviada pela PM. Como resultado, um dos criminosos foi ferido e socorrido para o Hospital Municipal Evandro Freire, mas não resistiu. “Com ele, foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, uma granada, drogas, uma rádio comunicador e um cinto de guarnição. O carro era roubado e foi recuperado”, continua a nota da PM.
O morto nesse tiroteio seria o pescador Marcos Elídio Silva de Souza. No relato de parentes do morto ao jornal carioca “O Globo”, Souza voltava de uma pescaria e ia para casa quando foi atingido em meio ao tiroteio. Ele teria sido colocado dentro de uma viatura por policiais e levado para o hospital duas horas depois, disseram os parentes, que foram no sábado ao Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo.
O outro tiroteio ocorrido na sexta-feira foi nas imediações da favela Parque Royal, informou a PM. No relato da corporação, equipes do 17º BPM realizavam o policiamento quando “criminosos armados atiraram contra os policiais”. “Houve confronto e um marginal foi atingido, sendo socorrido para o Hospital Municipal Evandro Freire. Com ele, uma pistola e certa quantidade de maconha foram apreendidas”, diz a nota da assessoria de imprensa da PM.
O morto nesse caso seria Lucas Brás. Segundo familiares, Brás, que tinha 18 anos, era estudante e foi atingido quando voltava para casa após um curso de informática, num bairro vizinho. No IML, o pai de Brás, Vicente de Paula Brás, de 52 anos, disse ao jornal “O Globo” que a mochila que Lucas levava consigo desapareceu.