05/07/2019 - 7:14
Terceira empresa de baixo custo a chegar ao País em poucos meses, depois da norueguesa Norwegian e a chilena Sky, a aérea argentina Flybondi desembarca com uma proposta de preço agressiva, vendendo-se como “ultra low cost”, ou seja, uma empresa de custo bem mais baixo que as concorrentes.
Para a estreia no País, com três voos semanais entre o Rio de Janeiro (Aeroporto do Galeão) e Buenos Aires (El Palomar), a companhia vai vender passagens por tempo limitado a partir de R$ 300 por trecho (sem taxas). As frequências da Flybondi serão às quartas, sextas e domingos.
Simulação feita pelo Estado – ida em 11 de outubro e volta no dia 18 – saiu por R$ 950 (com taxas). Nas mesmas datas, escolhendo os voos mais baratos da Gol, a mesma viagem sairia por R$ 1,2 mil; na Aerolineas Argentinas, por R$ 1,1 mil.
Em comunicado, o presidente da Flybondi, Sebástian Pereira, afirmou que a empresa tem “visão de longo prazo” para o mercado brasileiro e quer ampliar rotas no País. A autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a operação da Flybondi no Brasil saiu na terça-feira.
Terminal próprio. O El Palomar é o terceiro aeroporto da região metropolitana de Buenos Aires, foi inaugurado em 2018 e é dedicado aos voos “low cost”. O terminal, de pequeno porte, está localizado a cerca de 300 metros de uma estação de trem metropolitano e fica a cerca de 20 km do centro de Buenos Aires.
A Flybondi foi fundada em janeiro de 2018 e conecta 17 destinos argentinos, além de voar para Assunção, no Paraguai. A proposta da empresa, que bebe na fonte de gigantes como a RyanAir, é ter alta ocupação de seus voos, mesmo a preços baixos (um ex-diretor da aérea irlandesa faz parte do conselho de administração da Flybondi).
Hoje, a companhia afirma ter 9% do mercado argentino e ocupação média de 81% nos voos. Segundo a Flybondi, entre os cerca de 1,6 milhão de passageiros que transportou nos seus primeiros 18 meses de operação, 200 mil viajaram de avião pela primeira vez.
Sem bagagem. As passagens não incluem qualquer tipo de bagagem – nem sequer de cabine. Cada passageiro pode transportar 6 kg. Bagagens de cabine de até 10 kg ou malas despachadas têm custo extra, assim como a marcação de assentos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.