O dólar operou misto ante rivais nesta quinta-feira, mas o índice DXY, que mede a força da moeda americana ante uma cesta de seis divisas fortes, fechou o dia em alta diante do euro fraco, influenciado pela crise política na Itália.

Próximo ao fechamento do mercado em Nova York, o dólar caía a 106,00 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1189 e a libra se mantinha estável, em US$ 1,2143. O índice DXY fechou em alta de 0,08% aos 97,618 pontos.

A moeda americana não firmou direção única, após a China fixar a taxa do dólar contra o yuan em um nível maior do que o esperado, embora acima da marca psicologicamente importante de 7 yuans, e informar crescimento nas exportações do país em julho. O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) estabeleceu a taxa de paridade em 7,0039 yuans por dólar, no nível mais fraco desde 2008.

A aversão a risco diminuiu um pouco durante o pregão, com a medida da China sobre o câmbio. Isso, no entanto, o que não teve tanto efeito sobre o dólar, de acordo com um relatório do Western Union divulgado a clientes.

De qualquer modo, essa amenização nas cautelas foi muito pontual, e investidores ainda monitoram a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Com isso o dólar recuou levemente ante o iene, considerada uma moeda mais segura.

Já o recuo do euro ocorreu diante do quadro de crise política na Itália. O líder do Partido Liga, Matteo Salvini, afirmou que não há mais uma maioria para apoiar o atual governo, do qual faz parte como vice-premiê. “É necessário realizar novas eleições”, defendeu. O premiê italiano, Giuseppe Conte, por sua vez, pediu que Salvini “vá ao Parlamento para explicar por que quer a crise” e disse que não cabe ao vice-premiê estabelecer um calendário.