18/03/2020 - 15:11
Na contramão de muitas previsões sobre o coronavírus, o cientista britânico vencedor do prêmio Nobel de química em 2013, Michael Levitt, afirma que a pandemia não apresenta risco para a maioria das pessoas e que elas são naturalmente imunes.
Citado em reportagem do jornal Jerusalem Post, Levitt foi certeiro ao projetar que a China teria uma rápida diminuição no número de infectados ainda em fevereiro.
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Ele conta que começou a analisar os números envolvendo o coronavírus quando o surto teve início em Hubei, marco-zero do vírus no mundo. Agora, passado o pico de casos na província chinesa, os dados de Levitt indicam que a doença desaparecerá do país ainda neste mês.
O cientista explica que as pessoas, conforme são infectadas e sobrevivem à doença, começam a ficar imunes ao vírus. Imaginando que uma grande parte delas já se recuperou (são mais de 80 mil, segundo a OMS), a curva do contágio entra em queda.
Ele citou o caso envolvendo o navio Diamond Princess, que ficou ancorado em Yokohama, no Japão, e mais de 800 dos 3,7 mil passageiros desenvolveram algum sintoma de coronavírus, graças a uma quarentena forçada em local inapropriado.
“Essas são condições extremamente confortáveis para o vírus e, ainda assim, apenas 20% foram infectados. É muito, mas bastante semelhante à taxa de infecção da gripe comum”, disse Levitt, citado na reportagem do Jerusalem Post.
Sua conclusão é de que as pessoas são naturalmente imunes e casos como os da Itália, onde mais de 2,5 mil pessoas morreram e outras 31 mil estão infectadas, se alastram em função do estilo de vida da população e do alto número de idosos, os mais afetados pela pandemia.
“A cultura Italiana é muito acolhedora e os italianos têm uma vida social muito rica. Por essas razões, é importante manter as pessoas afastadas”, comentou.