22/09/2020 - 7:47
A Tesla, que revolucionou o mercado de automóveis elétricos, organiza nesta terça-feira um “Dia da Bateria”, com a previsão de anúncios “insanos”, como prometeu o presidente da empresa, Elon Musk.
O empresário já antecipou o anúncio de novidades sobre “a produção a longo prazo, concretamente do Semi, do Cybertruck e do Roadster”, mas as mudanças não serão concretizadas “antes de 2022”.
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Há várias semanas, os boatos sobre quais seriam os anúncios do grupo são intensos. Alguns analistas perguntam se a Tesla deseja começar a fabricar as próprias células de bateria, em detrimento dos grandes nomes do setor como Panasonic e LG.
Musk garantiu que o número de compras da Tesla a seus fornecedores vai “aumentar e não reduzir”, mas não fechou a porta a que a empresa “assuma o controle” para evitar escassez.
Há alguns dias, Musk prometeu que revelaria “diversas coisas apaixonantes” no evento, que foi adiado várias vezes.
A Tesla quer ter um papel importante no setor de baterias, um elemento chave para o futuro dos veículos elétricos, com o objetivo de melhorar sua posição na comparação com outras montadoras.
Para o analista Adam Jonas, do Morgan Stanley, a apresentação pode “mudar o discurso” sobre a Tesla e o mercado de baterias.
Além disso, o evento terá uma importância especial depois que nas últimas semanas se multiplicaram os anúncios no setor dos veículos elétricos, aponta Dan Ives, analista de Wedbush.
Ives afirma que Musk poderia apresentar uma bateria capaz de circular 1,61 milhão quilômetros, o que representa uma grande vantagem competitiva ante os veículos que funcionam com combustível, tanto em termos de retorno do investimento como para o meio ambiente.
Outro tema que chama a atenção é a possível redução do custo da bateria, abaixo de 100 dólares quilowatt-hora. Isto reduziria o preço final dos carros elétricos, ressalta Ives.