20/02/2021 - 9:03
A Rússia registrou sua terceira vacina contra a covid-19, antes da fase final dos testes clínicos – anunciou o primeiro-ministro Mikhail Mishustin neste sábado (20).
“A partir de meados de março, as primeiras 120.000 doses (da terceira vacina) estarão disponíveis. Hoje, a Rússia é o único país que tem três vacinas”, comemorou Mishustin em uma reunião de gabinete.
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Chamada de “Kovivak”, esta terceira vacina foi fabricada pelo Centro de Pesquisa Shumakov, em Moscou. A Rússia já registrou a vacina Sputnik V, em agosto, e EpiVacCorona, em outubro, e está vacinando sua população.
A primeira vacina, cujo anúncio, considerado rápido demais, despertou suspeitas internacionais, agora conta com o reconhecimento da comunidade científica após estudo publicado na revista médica The Lancet, validado por especialistas independentes.
No momento, este fármaco é usado em cerca de 20 países, e as autoridades russas estão tentando chegar a acordos de produção em todo mundo para atender a demanda. Em paralelo, busca-se aumentar a oferta de vacinas para os cidadãos russos.
“Estamos acelerando a produção de vacinas. Mais de 10 milhões de doses da Sputnik V e 80.000 de EpiVacCorona já foram produzidas”, relatou Mishustin neste sábado.
O registro da “Kovivak” supõe que passará para a fase 3 dos testes clínicos, prevista para março, com 3.000 pessoas, segundo fontes oficiais.
Diferentemente das duas primeiras vacinas, esta usa um vírus inativado, uma tecnologia mais tradicional. O Ministério da Saúde explicou que é uma vacina recomendada para pessoas entre 18 e 60 anos.
A Rússia registrou 4,13 milhões de casos de covid-19, um número que a coloca em quarto lugar no mundo no total de infecções, atrás de Estados Unidos, Índia e Brasil.
Seus dados oficiais são parciais, porém, já que contabilizam apenas aqueles falecidos por covid confirmados após realização da necropsia.
Na quarta-feira, o país registrava oficialmente mais de 82 mil óbitos pela covid-19, mas, no final do ano passado, o escritório russo de estatísticas declarou que havia 162 mil mortes no território ligadas ao coronavírus.