Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A cidade do Rio de Janeiro adiou nesta quinta-feira por tempo indeterminado o início do plano de retomada gradual das atividades, previsto para começar na semana que vem, em virtude do avanço da variante Delta do coronavírus, informou a prefeitura da capital fluminense.

A decisão foi tomada em atendimento às recomendações do comitê científico formado por especialistas que assessoram a prefeitura carioca na adoção de medidas de combate à pandemia de Covid-19. O comitê já havia recomendado a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a doença em idosos, público considerado mais vulnerável diante do avanço de novas variantes.

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“Diante do recente aumento do número de casos da doença devido à circulação da variante Delta, do retorno de todo o mapa de risco para alerta moderado e da recomendação do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19, o plano de reabertura foi adiado”, disse a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em nota.

O plano original de retomada previa que, já a partir de 2 de setembro, estariam liberados os eventos públicos em locais abertos e a presença de 50% da lotação em estádios de futebol, boates, danceterias e casas de shows. Em outubro, a prefeitura pretendia autorizar 100% da capacidade e, em novembro, desobrigar o uso de máscaras.

“Desde o primeiro anúncio sobre o plano de reabertura, foi frisado que essas medidas estavam condicionadas a um cenário epidemiológico favorável. Em não confirmando essas condições, o planejamento poderia ser revisto”, frisou a secretaria.

Não há previsão de quando as medidas de reabertura serão implementadas.

“Estamos analisando os dados aqui para poder replanejar. Não sabemos (quando será possível a retomada)”, disse à Reuters o secretário de saúde da cidade, Daniel Soranz. “Já era esperada (uma piora no cenário epidemiológico) com a chegada do inverno e uma variante”, adicionou ele.

A cidade e o Estado do Rio se tornaram neste mês o epicentro no Brasil da variante Delta do coronavírus, apontada como altamente transmissível, e houve um aumento expressivo no número de casos e internações. A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) na cidade subiu para 92% e no Estado está em 71%.

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