08/11/2021 - 13:27
Por Tara Oakes e Antony Paone
LONDRES/PARIS (Reuters) – Viajantes empolgados com a perspectiva de ver familiares e amigos pela primeira vez desde que a pandemia de Covid-19 começou embarcaram para os Estados Unidos nesta segunda-feira, depois que o país suspendeu as restrições de viagem impostas à maior parte do mundo durante os últimos dois anos.
Adotadas no início de 2020, as restrições de viagem impediam o ingresso de não cidadãos dos EUA vindos de 33 países, incluindo China, Índia, Brasil e a maior parte da Europa, e também limitavam entradas por terra do México e do Canadá.
Os EUA demoraram mais do que muitos outros países para suspenderem as restrições, o que foi possibilitado pela distribuição de vacinas, apesar das infecções em crescimento em muitos países.
Meses de demanda reprimida desencadearam um grande pico de embarques nesta segunda-feira, só se exigindo dos viajantes que mostrem um comprovante oficial de vacinação e um exame negativo recente de Covid-19.
“Muito, muito empolgante. Quer dizer, eu deveria ir pouco antes de a Covid acontecer, e obviamente isso foi adiado este tempo todo, então é muito empolgante poder ir finalmente”, disse Alice Keane, que viajava para ver a irmã em Miami, no aeroporto Heathrow, em Londres.
Rivais de longa data, British Airways e Virgin Atlantic realizaram decolagens simultâneas das pistas paralelas de Heathrow pouco antes das 9h locais, um feito concebido para ressaltar a importância do mercado transatlântico para o setor de aviação dos EUA.
Os voos estavam cheios, disse Shai Weiss, presidente-executivo da Virgin Atlantic, e se acredita que o volume de passageiros continuará alto nas próximas semanas com a aproximação do feriado de Ação de Graças e do Natal.
“É um grande dia de comemoração”, disse Weiss, acrescentando que os aviões estão “enchendo bem”, o que qualificou como um divisor de águas considerável para um setor seriamente prejudicado pela pandemia.
Os EUA se preparavam para filas longas e atrasos nesta segunda-feira. Só a United Airlines esperava cerca de 50% a mais de passageiros vindos do exterior na comparação com a segunda-feira passada, quando estes foram cerca de 20 mil.
Ed Bastian, executivo-chefe da Delta Air Lines, alertou que os passageiros devem se preparar para esperas longas.
“Será um pouco bagunçado no começo. Posso garantir a vocês, haverá filas, infelizmente”.
Mas a possibilidade de filas longas quase não abalou o entusiasmo daqueles que se preparam para reencontrar entes queridos.
“Acho que podemos começar a chorar”, disse Bindiya Patel, que ia ver o sobrinho de um ano em Nova York, em Heathrow.
(Por Tara Oakes, Stuart McDill, Sarah Young, Antony Paone, David Shepardson)