13/01/2022 - 18:16
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil terá um dos desempenhos mais fracos do mundo em 2022. Um relatório do Banco Mundial, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que, entre mais de 170 países, apenas Mianmar e Guiné Equatorial terão desempenho mais fraco do que o Brasil.
O país terá uma das menores taxas reais de crescimento entre todas as principais economias do mundo. De acordo com informações da coluna de Jamil Chade, no Uol, a projeção é que a expansão do PIB nacional seja de 0,5% este ano, em comparação com o ano passado. O resultado é 1,7% abaixo do esperado pela ONU para o Brasil, em seu último informe, em 2021.
O número é muito distante do previsto para a economia mundial, que deve crescer 4%. Nos países ricos, a expansão média será de 3,7%, contra 4,5% nos emergentes. Mesmo na América Latina, o crescimento do PIB será bem superior ao brasileiro, com 2,2%.
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Para 2023, a ONU prevê que o país continuará a registrar a pior taxa de crescimento do PIB entre as principais economias do mundo. A expansão no Brasil no ano que vem deve ser de 1,9%, contra um aumento da economia mundial de 3,5%.
Segundo o relatório, dada a rápida disseminação da variante Ômicron, a pandemia continuará a interromper a atividade econômica no curto prazo. Além disso, uma desaceleração notável nas principais economias, incluindo os Estados Unidos e a China, terá um impacto na demanda externa de nações emergentes e em desenvolvimento.
“A economia mundial está enfrentando simultaneamente a Covid-19, a inflação e a incerteza política, com gastos governamentais e políticas monetárias em território desconhecido. O aumento da desigualdade e os desafios de segurança são particularmente prejudiciais para os países em desenvolvimento”, disse o presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass.
Até 2023, todas as economias avançadas terão alcançado uma recuperação total da produção, informa o relatório, mas a produção nas economias emergentes e em desenvolvimento permanecerá 4% abaixo de sua tendência pré-pandemia. O revés é ainda maior em economias frágeis e afetadas por conflitos, cuja produção ficará 7,5% abaixo da tendência pré-pandemia. Para pequenos Estados insulares, será 8,5% abaixo.