O secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, afirmou nesta quarta-feira, 31, que as despesas com pessoal chegaram a 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e devem permanecer no mesmo patamar no próximo ano. Segundo ele, esse é o menor porcentual da história.

Colnago ainda declarou que o governo fez uma reforma administrativa silenciosa, sem a concessão de reajustes e a realização de poucos concursos públicos. Com isso, o número de servidores tem diminuído.

Apesar disso, o secretário defendeu o debate da reforma administrativa enviada pelo governo ao Congresso e que aguarda votação do plenário da Câmara dos Deputados.

“Se o ritmo de crescimento da despesa de pessoal fosse o mesmo do período entre 2015 e 2018, esse gasto corresponderia a 4% do PIB em 2023”, afirmou.

Reajuste

Colnago disse que os R$ 11,6 bilhões previstos no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2023 são suficientes para um reajuste linear de 4,85% a partir de janeiro, abaixo dos 5% que foi estudado para este ano e acabou sendo abandonado pelo governo diante da falta de espaço no orçamento.

Segundo o secretário, o total previsto para todos os poderes – R$ 14,2 bilhões – considera o pedido de aumento de 18% para o Judiciário. Como mostrou o Broadcast, servidores do Executivo consideravam insuficientes um reajuste de 5% e devem tomar os 18% pedidos pelo Judiciário como patamar para reivindicações do ano que vem.