21/10/2022 - 10:34
O Relatório Global de Fraude e Identidade 2022 da Experian mostra que 93% dos brasileiros questionados, ou seja, 9 em cada 10, consideram a biometria física como a tecnologia mais segura durante uma experiência digital. Em segundo lugar aparece a biometria comportamental (90%) e os códigos PIN (78%) em terceiro.
Biometria física é classificada pelo reconhecimento da impressão digital, da face, da retina, da íris e da voz. O processo de autenticação da biometria comportamental considera o padrão de comportamento, como a maneira que rola o scroll, a pressão que faz na tela, o jeito que digita e a forma que movimenta o celular. Há também a tecnologia de biometria comportamental por localização, que considera informações como o histórico de lugares frequentados por um dispositivo para validar o usuário.
+ Musk planeja demitir três quartos dos funcionários do Twitter, aponta jornal
Em 2021, o cenário era diferente, com a biometria comportamental em primeiro lugar (88%), depois a biometria física (78%) e por último os códigos PIN (75%). Considerando dados dos 20 países envolvidos no levantamento, a biometria física é a mais segura para 81% dos participantes.
“Está claro que as pessoas querem cada vez mais conveniência e facilidade em suas transações, mas ao mesmo tempo se preocupam e exigem das empresas métodos que tornem as relações mais seguras. A biometria torna a experiência do cliente mais amigável e rápida, por isso, está se popularizando de forma acelerada entre os consumidores e isso é uma vantagem”, diz, em nota, o gerente executivo de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Rafael Garcia.
Por outro lado, ainda segundo o executivo, os fraudadores estão cada vez mais preparados e as tentativas de golpes digitais também avançam. Na biometria facial, por exemplo, os fraudadores tentam burlar a etapa de onboarding com imagens montadas, edição de vídeos em movimento, fotos com fundo falso e Deepfake, que são redes neurais capazes de gerar faces aleatórias bem convincentes. Os criminosos também têm utilizado máscara 3D, um adereço realista para caracterizações artísticas ou composição de fantasias. Todos esses exemplos de ataques virtuais em que um fraudador tenta se passar por outra pessoa é chamado de spoofing, que está cada vez mais comum.
“Infelizmente vem acontecendo muito, por isso, é fundamental que as empresas estejam preparadas com soluções antifraude a fim de barrar essas tentativas dos criminosos e proporcionar mais tranquilidade ao consumidor. Um processo eficiente de autenticação contínua de clientes ajuda a prevenir essas ameaças digitais”, finaliza o executivo da Serasa Experian.
De janeiro a março de 2022, a pesquisa analisou 6.062 consumidores com idades entre 18 e 69 anos e 1.849 representantes de empresas em todo o setor de serviços financeiros, incluindo bancos de varejo, fintechs, provedores de rede de cartões de crédito, bancos digitais, empresas de serviços em tecnologia de consumo, fornecedores de eletrônicos e varejistas online e móveis.
As entrevistas ocorreram em 20 países (África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Malásia, Noruega, Peru, Singapura e Reino Unido). Os resultados foram validados por meio de entrevistas qualitativas com consumidores da Alemanha, Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. A pesquisa completa pode ser acessada aqui.