26/01/2023 - 16:00
Por Alberto Fajardo
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Um novo museu e centro de preservação dedicado à salamandra axolote do México, criticamente ameaçada de extinção, está destacando a notável história do anfíbio que chamou a atenção de cientistas e do público.
Com uma capacidade impressionante de autocura, as salamandras axolote foram exibidas na exposição, que estreou no sábado, no Zoológico de Chapultepec, na Cidade do México.
O centro visa aumentar a conscientização sobre o animal, nativo apenas do México e que está diminuindo na natureza devido às terríveis ameaças ao seu habitat natural.
Durante décadas, os pesquisadores se maravilharam com a forma como o axolote pode regenerar membros amputados e tecidos corporais danificados, até mesmo seu coração e cérebro. Os cientistas também documentaram sua capacidade de respirar com pulmões e brânquias, além de absorver oxigênio pela pele, o que a torna particularmente vulnerável à água poluída.
“Eles são um dos poucos animais que podem regenerar sua pele, músculos, ossos, vasos sanguíneos, nervos, coração, cérebro”, disse Fernando Gual, chefe de conservação da fauna selvagem do zoológico.
“Uma parte extremamente importante deste espaço é a educação ambiental”, disse Gual sobre as exposições, oficinas e laboratórios do novo museu.
Na lenda asteca, o desesperado deus rebelde Xolotl se transformou em um axolote para se esconder e evitar ser sacrificado por seus companheiros deuses. Ele ainda foi descoberto, capturado e morto. Os animais também eram um dos pilares das mesas de banquete dos reis astecas.
Embora o axolote nativo do distrito de Xochimilco, no sul da Cidade do México, seja especialmente conhecido, Gual aponta para 16 outros tipos de axolote que também têm o México como lar.
(Reportagem de Alberto Fajardo; reportagem adicional de Nina Lopez)