02/05/2024 - 17:20
O dólar estendeu perdas ante outras divisas nesta quinta-feira, enquanto o mercado digere dados macroeconômicos dos Estados Unidos e se posiciona para divulgação do principal relatório de empregos (payroll). A moeda norte-americana teve forte desvalorização contra o iene, em meio a especulações sobre nova intervenção do governo do Japão. Entre emergentes, o dólar blue operava estável ante o peso argentino, após o Banco Central da Argentina cortar taxa básica de juros.
No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,0729 e a libra avançava a US$ 1,2538. O índice DXY fechou em queda de 0,43%, a 105,299 pontos.
O dólar operava em ampla desvalorização ante divisas fortes e emergentes no fim da tarde, após oscilar em alta volatilidade durante o pregão. De acordo com a Convera, pesavam sobre a moeda americana os comentários “dovish” do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do EUA), Jerome Powell, que renovaram expectativas por cortes de juros ainda em 2024.
No entanto, o dólar chegou a firmar alta durante o pregão, com impulso temporário de dados americanos divulgados hoje. Relatórios de custo unitário do emprego, de pedidos de auxílio desemprego e de encomendas à indústria vieram melhores que o esperado, enquanto o déficit comercial caiu a US$ 69,37 bilhões. Sinais de resiliência da economia americana tendem a ser positivos para o dólar, mas o ING projeta que o payroll deve ser um catalisador maior para os mercados.
O desempenho do dólar também foi abalado pela forte valorização do iene, em meio a especulações de que autoridades japonesas interferiram no câmbio ontem, após a decisão monetária do Fed. Dados do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) indicam intervenção no valor de aproximadamente 3 trilhões de ienes, conforme cálculos de corretores consultados pelo Wall Street Journal. P
ara o Rabobank, há cada vez mais sinais de possível aperto da política monetária do BoJ nos próximos meses. Na marcação, o dólar caía a 153,17 ienes.
Entre emergentes, o dólar operava estável a 1.040 pesos argentinos, segundo o jornal Ámbito Financeiro, após o Banco Central da República Argentina (BCRA) reduzir sua taxa básica de juros de 60% a 50%.