15/01/2025 - 18:37
O dólar cedeu ante a maioria dos principais pares, levando o índice DXY abaixo de 109 pontos na mínima da sessão, após a desaceleração do núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos trazer alívio sobre a apreensão quanto a um retorno das pressões de custos. Um dado fraco de atividade do Fed de Nova York e a descompressão das tensões geopolíticas com a aceitação de um acorde de cessar-fogo na Faixa de Gaza ajudaram a tirar fluxo para a moeda americana.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis principais moedas, fechou em queda de 0,17%, a 109,09 pontos. O dólar cedeu a 156,48 ienes. A libra esterlina subiu a US$ 1,2242, revertendo enfraquecimento visto pela manhã. O euro cedeu a US$ 1,0298.
A desaceleração no núcleo do CPI, de 0,3% em novembro para 0,2% em dezembro, correspondeu à expectativa do mercado. Já o índice cheio subiu acima do esperado em base mensal, mas confirmou as projeções no comparativo anual.
Para analistas da Stifel, uma leitura um tanto benigna do núcleo da inflação ao consumidor, juntamente com o PPI de ontem, oferece um alívio bem-vindo para um Fed cada vez mais preocupado com uma aceleração nas pressões sobre os custos.
Após os dados, dirigentes do Fed mantiveram um discurso otimista sobre a condução da inflação em direção à meta de 2%, incluindo Austan Goolsbee, do Fed de Chicago, e John Williams, do Fed de NY.
Responsável pela unidade de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que as tarifas por si mesmas não provocam inflação, mas a possibilidade de retaliação “olho por olho” é mais complicada.
A libra esterlina subia no fim da tarde, revertendo queda após a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido desacelerar inesperadamente e, segundo o Wall Street Journal, impulsionar chances de cortes de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). O Deutsche Bank, contudo, alertou que a trajetória de queda da inflação não é linear e deve sofrer com alguns pontos de aceleração.
Já o iene seguia firme ante o dólar, após comentários do presidente do Banco do Japão (BoJ, em inglês), Kazuo Ueda, ampliarem expectativas por alta de juros no país em breve.