17/01/2025 - 18:29
O dólar operou em alta nesta sexta, 17, ante os principais pares, encerrando uma semana com uma leve queda para a moeda americana. O principal tema foi a perspectiva para a política monetária para os principais bancos centrais. Já a partir da próxima segunda-feira, o mercado estará atento à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e, especialmente, em suas medidas tarifárias.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis principais moedas, fechou em alta de 0,36%, a 109,347 pontos. Na semana, o recuo foi de 0,26%. O dólar subiu a 156,14 ienes. A libra esterlina recuou a US$ 1,2170. O euro caiu a US$ 1,0278.
A queda nas vendas no varejo do Reino Unido em dezembro ampliou apostas por cortes de juros do Banco da Inglaterra (BoE, em inglês) neste ano, o que pressionou mais a libra. O BoE está em uma posição em que pode reduzir juros de maneira preventiva para equilibrar riscos e ainda manter a política monetária restritiva, afirmou hoje o membro externo do Comitê do BC britânico, Alan Taylor.
Já o dólar canadense operou nos menores níveis em quase 5 anos nesta sexta-feira, em meio a incertezas sobre a capacidade do Canadá de responder a eventuais tarifas impostas por Trump. Ao final da tarde, o dólar americano operava a 1,4468 canadenses. Ex-presidente dos BCs canadense e britânico, Mark Carney anunciou, nesta semana, que concorrerá com a ex-ministra das Finanças do país Chrystia Freeland para suceder Justin Trudeau como primeiro-ministro.
A Capital Economics aponta que os movimentos nos mercados cambiais permaneceram, na sua maior parte, relativamente silenciosos antes da tomada de posse de Trump. “A próxima semana poderá trazer mais volatilidade: as expectativas de que Trump terá um início intenso no seu segundo mandato parecem estar em alta. Quer ele cumpra ou decepcione, os mercados provavelmente reagirão”, avalia. “Com o calendário de dados econômicos diminuindo e o Federal Reserve (Fed) entrando nos seus períodos de silêncio, Trump terá o centro do palco principalmente para si na próxima semana”, aponta a consultoria.
“Continuamos a pensar que as suas políticas tarifárias são apenas parcialmente descontadas, o que nos sugere que haverá outra vantagem para o dólar se e quando ele aprovar tarifas abrangentes”, indica. Hoje, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou a Trump, estar disposto a melhorar as relações entre os dois países.