12/12/2017 - 15:35
O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira, 12, que espera o apoio do PSDB para a reforma da Previdência, mas que a decisão de fechar questão cabe ao partido. “Todos lá (no PSDB) parece que estão trabalhando para fechamento da questão”, disse, ao sair de almoço com o presidente da Macedônia no Palácio do Itamaraty.
Questionado sobre as declarações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no último sábado quando assumiu a presidência do partido, com acenos para o governo, Temer disse que não há encontros ou conversas marcadas com o tucano, mas afirmou que telefonou para parabenizá-lo por assumir a presidência do partido.
A executiva tucana não cogita punir quem votar contra a reforma. Contas levadas ao governo federal por dirigentes do PSDB indicam que o apoio pode chegar a 35 de um total de 47 deputados, mas atualmente está na casa dos 20 votos.
Apesar da boa recepção no Palácio do Planalto ao discurso do governador, ministros e assessores de Temer dizem que as conversas estão longe de chegar a um acordo eleitoral de apoio do governo ao tucano em 2018. A fala de Alckmin, que se opunha à participação do PSDB com cargos no governo, tem como pano de fundo a intenção de abrir uma janela de conversas que ele mesmo quase cerrou para aliança eleitoral no ano que vem.
Na segunda-feira à noite em São Paulo, Alckmin disse que o desembarque do PSDB do governo já ocorreu, mas o partido vai continuar apoiando as reformas. “Os dois ministros (tucanos) que tinham uma presença mais política já saíram”, notou, em referência à saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades e Antonio Imbassahy da Secretaria de Governo. “Então o desembarque já ocorreu.” Aloysio Nunes Ferreira, no Itamaraty, e Luislinda Valois, nos Direitos Humanos, seguem nos cargos.
No Planalto, o cargo de Aloysio já está praticamente na cota pessoal do presidente. O caso de Luislinda ainda é uma incógnita e o partido cobra que ela deixe a pasta. Nesta terça, o presidente não quis responder se ela será substituída.