14/08/2018 - 19:16
O candidato a presidente da República Geraldo Alckmin (PSDB) criticou o presidencialismo e disse que a reforma política é a “primeira das reformas”. “No presidencialismo, é campanha de baixo nível, é embate de pessoas, canelada. Parlamentarismo discute propostas”, afirmou, durante evento com presidenciáveis promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS).
Alckmin disse que o “lado bom” do presidencialismo é a “força do voto” e defendeu que o presidente eleito aproveite o cacife político para fazer reformas. “Pretendo fazer reformas com aliança com grandes partidos. Todo partido tem gente boa, mesmo os de oposição a ele”, completou.
O candidato defendeu mudanças no sistema político e ressaltou que o mundo inteiro tem parlamentarismo com voto por lista ou voto distrital. Ele disse ainda que o Judiciário errou ao vetar a cláusula de barreira, que restringe a atuação de candidatos ou partidos que não alcançarem porcentual mínimo de votos.
O tucano também voltou a falar sobre a necessidade da aprovação de reformas. Ele afirmou que, para isso, é preciso ter maioria no Congresso Nacional. “Uma coisa é intenção, outra é aprovação”, disse.
Empregos
Alckmin defendeu também estimular o setor de construção civil como forma de criar empregos em larga escala. Segundo o tucano, o Brasil precisa de obras em infraestrutura e saneamento básico para ajudar a diminuir o número de desempregados no País.
“Precisamos de obra, infraestrutura, saneamento básico. O crescimento na construção civil cria uma barbaridade de empregos”, disse o tucano.
No evento, Alckmin foi apresentado a uma faixa de alguns metros que representava a burocracia para abrir e fechar uma empresa no País. Diante disso, prometeu fazer um mutirão para simplificar e desburocratizar essas exigências. “A UNECS já está convocada para um mutirão pela simplificação e desburocratização”, afirmou. Ele aproveitou para defender que o Estado não deve ser empresário, mas apenas planejador e fiscalizador.
Na área de segurança, Alckmin foi questionado sobre a situação nas fronteiras e defendeu a criação de uma Guarda Nacional. “Vou criar uma Guarda Nacional. País não pode ficar emprestando policial de um Estado para o outro”, disse.