19/02/2019 - 8:51
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% no ano de 2018, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Segundo a FGV, o resultado decepcionou e a constatação é de que “foi um ano perdido”.
“A economia brasileira cresceu 1,1% em 2018, mesmo crescimento apresentado no ano de 2017. O resultado é muito abaixo do previsto no início daquele ano. Este resultado é decepcionante quando se leva em consideração que ocorreu após dois anos consecutivos de forte retração econômica e de um crescimento com trajetória ascendente em 2017”, avalia Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB -FGV, em nota.
Ainda de acordo com Considera, a economia não apresentou o mesmo fôlego de retomada em 2018 que teve em 2017 ficando praticamente estagnada no decorrer do ano. “A forte incerteza que permeou a economia, com destaque para a greve dos caminhoneiros e para o período eleitoral, influenciou muito nesse resultado. Foi um ano perdido”, escreveu.
Apesar do baixo crescimento, pela ótica da demanda, todos os componentes avançaram em 2018. As exportações foram o único componente a apresentar crescimento menor do que o verificado em 2017. Pela ótica da oferta, apenas as atividades de construção (-2,4%) e serviços de informação (-0,1%) apresentaram retração em relação a 2017.
No quarto trimestre de 2018, o PIB ficou estagnado em relação ao terceiro trimestre (0,0%). Na comparação com o quarto trimestre de 2017, houve avanço de 1,0%. A indústria encolheu em ambas as comparações, ressaltou a FGV.
No mês de dezembro de 2018, o PIB teve uma queda de 0,4% em comparação a novembro. Em relação a dezembro de 2017,também houve recuo de 0,4%. A indústria também registrou perdas nas duas comparações, de -0,8% e -3,1%, respectivamente.
Na comparação com dezembro de 2017, além da indústria, também, houve quedas expressivas no comércio (-2,6%), na Formação Bruta de Capital Fixo (-1,8%) e nas importações (-6,8%). Em termos monetários, o PIB de 2018 totalizou R$ 6,764 trilhões em valores correntes.