12/07/2019 - 7:06
Os clientes do Magazine Luiza que abriram o aplicativo da empresa na madrugada da última quinta-feira, 11, tiveram acesso a um cupom que dava R$ 1 mil de desconto para qualquer produto da loja online que custasse acima de R$ 1 mil.
Com essa barbada, consumidores conseguiram comprar telefone celular por R$400, TVs por R$ 99,90, notebooks por R$ 49,90, por exemplo. Na manhã de quinta, o assunto era o segundo mais comentado no Twitter.
A “promoção relâmpago”, que começou a valer a partir das 4h de ontem, resultou de uma falha no sistema da varejista. A companhia, porém, vai honrar todas as compras com uso dos cupons de descontos feitas durante esse período.
Volta por cima. Como é praxe, mais uma vez a companhia aproveitou o erro para vender mais. Em julho de 2016, quando a presidente do conselho da companhia, Luiza Helena Trajano, caiu carregando a tocha olímpica, a varejista rapidamente virou o jogo e uso o mote para lançar nas redes sociais uma campanha de descontos. “Agora o que caiu foram os preços, com até 70% de desconto. # Cair faz parte.”
Na quinta, nas redes sociais, o perfil da Lu do Magalu, atendente virtual do Magazine Luiza, brincou com o episódio dos cupons de descontos de R$ 1 mil e postou: “E aí: foi marketing ou eu buguei?”. Na imagem, uma Lu fora de registro. Questionada se havia chance de a promoção voltar, ela respondeu aos usuários do site que “os cupons de desconto ficam disponíveis apenas durante algumas campanhas promocionais”.
De acordo com a companhia, o presidente da varejista, Frederico Trajano, decidiu transformar o episódio, que teve origem numa falha do sistema, em ação de marketing da empresa, que deve se repetir.
“Todas as empresas do mundo digital estão sujeitas a erros desse tipo porque, no fundo, quem define os parâmetros são algoritmos”, diz Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Em sua opinião, o aspecto relevante é como empresa reagiu ao episódio. “A resposta que deu ao erro mostra que ela está no mundo digital não só pela estratégia e tecnologia, mas também pela cultura. Entendeu que erros fazem parte do processo e soube transformá-los, em oportunidades.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.