04/08/2020 - 15:33
O contrato futuro mais líquido do ouro fechou acima da marca de US$ 2.000 a onça-troy pela primeira vez na História, em meio a um rali nos preços do metal precioso, apoiados pela incerteza da pandemia, pela tendência de baixa no dólar e pelo juros baixos no mundo todo.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto avançou 1,75%, a US$ 2.021,0 a onça-troy, nova máxima histórica. Somente no mês de julho, o metal precioso subiu mais de 10%.
+ Ouro renova máxima histórica, com quadro global incerto e juros baixos nos EUA
+ Ouro fecha em alta e renova recorde histórico com incerteza econômica
O analista Carsten Fritsch, do Commerzbank, ressalta que o rali do ouro perdeu força temporariamente ontem, mas que a tendência de alta voltou.
“Isso não surpreende, tendo em vista o alto número de novos casos da covid-19, o impasse no Congresso dos EUA devido a um pacote adicional de ajuda econômica, taxas de juros reais negativas cada vez mais difundidas e mercados de ações altamente valorizados”, diz o profissional do banco alemão.
O dólar, que vinha em um movimento de correção de perdas, depois de ter recuado mais de 4% em julho, voltou a se enfraquecer nesta tarde. Às 15h19 (de Brasília), o índice DXY, que mede a variação da divida dos EUA ante seis rivais, cedia 0,18%, a 93,377 pontos.
A desvalorização do dólar tende a impulsionar os preços das commodities porque os contratos ficam mais baratos para detentores de outras moedas.