As relações entre o Ocidente e a Arábia Saudita podem ser prejudicadas pelos próximos anos. Isso porque a divulgação do relatório da inteligência dos Estados Unidos sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi coloca o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, como cúmplice do assassinato, que aconteceu em 2018.

O fato é que o relatório torna mais difícil ainda que os líderes ocidentais queiram estar publicamente associados ao príncipe saudita, conhecido por suas iniciais como MBS, como indivíduo como indivíduo.

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Segundo a BBB, a divulgação representa um golpe no poder, prestígio e posição internacional de um dos homens mais poderosos do Oriente Médio. Se por um lado, o Ocidente tenta se afastar de MBS, ele deve ser manter no trono saudita por muito tempo.

Com apenas 35 anos, desfruta de ampla popularidade entre a população predominantemente jovem da Arábia Saudita. O patriotismo e a forte repressão às liberdades civis são os pontos considerados positivos do líder saudita, que tem sido alvo de críticas públicas insignificantes.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou que deseja negociar com o rei Salman da Arábia Saudita, não com o MBS. Porém, o rei e o filho operam em conjunto extremamente próximo, de modo que essa distinção não tem sentido na prática. King Salman tem 85 anos, está com a saúde debilitada e já entregou a maior parte de seus poderes ao MBS.