A mediana do relatório Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu de 3,98% na semana passada para 3,97% na edição divulgada nesta segunda-feira, 12, pelo Banco Central, contra 3,90% um mês antes. É a primeira baixa desde o relatório divulgado em 25 de março deste ano, quando a estimativa intermediária havia caído de 3,52% para 3,51%.

Na última ata, divulgada na terça-feira passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou que “não se furtará ao seu compromisso com o atingimento da meta de inflação”.

O colegiado espera que o IPCA acumulado em 12 meses até o fim do primeiro trimestre de 2026 – o horizonte relevante da política monetária – atinja 3,4%, no cenário de referência, ou 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5% – ambos considerados textualmente “acima da meta.”

“O comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”, afirmou o Copom, na ata.

Considerando apenas as 68 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do Focus para o IPCA de 2025 caiu 0,1 ponto porcentual, de 4% para 3,9%.

2024

A estimativa intermediária para o IPCA de 2024 subiu de 4,12% para 4,20%, em alta pela quarta semana consecutiva e distante apenas 0,3 ponto porcentual do teto da meta este ano, de 4,5%. Considerando as 68 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, avançou de 4,19% para 4,22%.

Um mês antes, a projeção para este ano era de 4%. Parte do mercado ainda pode estar incorporando às suas estimativas de inflação de 2024 o aumento dos impostos sobre cigarros.