22/08/2024 - 17:36
O dólar subia, interrompendo a trajetória de baixa no exterior, no fim da tarde desta quinta-feira, levando o Índice Dólar (DXY) a se recuperar da mínima do ano cravada na sessão anterior. O ajuste da moeda americana ocorria após dados dos Estados Unidos reforçarem a perspectiva de uma desaceleração econômica paulatina no país, associados à expectativa sobre a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, amanhã, no simpósio de Jackson Hole. O iene, o euro e a libra caíram, após valorização na véspera.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou em alta de 0,46%, a 101,508 pontos, após ter atingido ontem o menor nível desde dezembro do ano passado. No fim desta tarde, a moeda americana subia a 146,30 ienes. A libra cedia a US$ 1,3087 e o euro se depreciava a US$ 1,1111.
Às margens do simpósio, integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) concederam entrevistas a diferentes veículos de imprensa hoje. Os presidentes das distritais da Filadélfia, Patrick Harker, e de Boston, Susan Collins, indicaram que o relaxamento monetário é iminente, mas ponderaram que preferem esperar mais indicadores para definir o tamanho do corte.
Em relação aos dados divulgados hoje, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram a 232 mil na semana passada, em mais um sinal que tende a justificar o afrouxamento monetário. Já o índice de atividade nacional elaborado pelo Fed de Chicago veio abaixo do esperado. O índice de gerentes de compras (PMI) composto nos EUA caiu, mas superou expectativas, conforme pesquisa preliminar da S&P Global.
Entre emergentes, o dólar subia a 19,4814 pesos mexicanos, após dados mostrarem que a economia do país seguiu em ritmo fraco no segundo trimestre, com a retomada do setor industrial ofuscada pelo esfriamento em serviços. O Produto Interno Bruto aumentou 0,2% em relação ao primeiro trimestre.