Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira, em meio a uma ameaça de tarifas dos Estados Unidos sobre as importações de petróleo do Canadá e do México, que podem entrar em vigor neste fim de semana.

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Os preços futuros do petróleo Brent subiram 0,29 dólar, ou 0,4%, a 76,87 dólares por barril. Os contratos futuros do petróleo dos EUA terminaram a 72,73 por barril, com alta de 0,11 dólar, ou 0,2%, ante o fechamento de quarta-feira, quando fecharam em seu nível mais baixo deste ano até agora.

“Estamos nos aproximando do prazo final e as pessoas estão ficando nervosas”, disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor uma tarifa de 25% já no sábado sobre as exportações canadenses e mexicanas para os Estados Unidos se esses dois países não encerrarem os embarques de fentanil através das fronteiras dos EUA.

A Casa Branca reafirmou na terça-feira o plano de Trump de impor as tarifas, enquanto na quarta-feira, o indicado do presidente para dirigir o Departamento de Comércio disse que os dois países podem evitar isso se agirem rapidamente para fechar suas fronteiras ao fentanil.

O analista de mercado do IG, Tony Sycamore, no entanto, disse que os operadores já haviam precificado as tarifas de Trump: “(essa é) uma das principais razões pelas quais o petróleo está sendo negociado onde está”.

As tempestades de inverno atingiram a demanda dos EUA na semana passada, com os estoques de petróleo nos EUA aumentando em 3,5 milhões de barris, já que as refinarias cortaram a produção. Os analistas esperavam um aumento de 3,2 milhões de barris, de acordo com uma pesquisa da Reuters.

Do lado da oferta, as últimas sanções impostas pelos EUA a Moscou estão pressionando as exportações de petróleo dos portos ocidentais da Rússia, que devem cair 8% em fevereiro em relação ao plano de janeiro, já que Moscou está aumentando o refino, de acordo com operadores e cálculos da Reuters.

Os investidores também estão de olho em uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, chamados juntos de Opep+, marcada para 3 de fevereiro.