13/06/2018 - 16:00
A Fundação SOS Mata Atlântica apresentou nesta quarta-feira, 13, uma plataforma que reúne suas propostas para os pré-candidatos das eleições de 2018. Batizado de “Desenvolvimento para Sempre”, o documento chama atenção para os marcos da legislação ambiental dos últimos 30 anos. A instituição apresentou suas propostas aos representantes dos movimentos Acredito, Agora, Bancada Ativista e Muitas, com foco na conservação da Mata Atlântica.
Dentre as propostas da ONG estão a extinção do desmatamento ilegal no bioma, a validação de todos os Cadastros Ambientais Rurais (CAR) na Mata Atlântica, dando prioridade a regiões estratégicas para abastecimento e à manutenção da política de criação de parques e áreas de preservação. Além disso, a fundação ainda reiterou a importância de vetar integralmente as iniciativas que busquem reduzir as áreas protegidas.
O ambientalista e ex-secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Fábio Feldmann, disse em nota que as preocupações com o meio ambiente não estão vinculadas a ideias de esquerda ou direita, e sim com a ideia de pensar no futuro. “Quando participei da construção do capítulo de meio ambiente da Constituição Federal, estávamos saindo de um regime autoritário e se encontrando na democracia. Hoje, a política se esvaziou de conteúdo e chegamos no descrédito da democracia.”
Erika Bechara, advogada especialista em direito ambiental, questionou as plataformas dos políticos, que pouco tocaram na questão ambiental em suas propostas. “Onde estão os pré-candidatos com pauta ambiental? A sociedade comprou a ideia de que o ambiente é um estorvo, algo antieconômico. Precisamos mudar essa concepção. Meio ambiente é essencial para a qualidade de vida de todo mundo, é um direito humano”, disse.
“Como vamos sobreviver a esse Congresso Nacional em cenário hostil? Trabalhar com a Frente Parlamentar Ambientalista é uma das saídas, pois ela é a única que ouve a sociedade civil”, disse em nota Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, afirmando ainda que, para se pensar em políticas ambientais, é preciso conhecer os representantes dos diversos setores no Congresso.