15/03/2021 - 15:25
O governo norte-americano, do até então ex-presidente Donald Trump, pressionou o Brasil para rejeitar a compra da vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V. A informação partiu de um relatório publicado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos americano.
No documento, que foi assinado pelo secretário de saúde Alex Azar, diz que os Estados Unidos usaram as relações diplomáticas para dificultar as negociações.
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O OGA (Escritório de Assuntos Globais do Departamento de Saúde dos EUA), na sigla em inglês, usou de sua influência para que o Brasil rejeitasse a vacina russa. A diplomacia foi utilizada para combater o que, segundo o órgão, denomina de “influências malignas nas Américas”. Entre os países estão: Cuba, Venezuela e Rússia.
“O OGA usou relações diplomáticas nas Américas para mitigar os esforços de nações como Cuba, Venezuela e Rússia, que estão trabalhando para aumentar suas influências na região em detrimento da segurança e proteção dos EUA. O OGA coordenou esforços com outras agências governamentais dos EUA para fortalecer os laços diplomáticos e oferecer serviços técnicos e assistência humanitária para dissuadir os países da região de aceitar ajuda desses estados mal-intencionados. Os exemplos incluem o uso do escritório da OGA para persuadir o Brasil a rejeitar a vacina russa contra a Covid-19“, segundo conta na página 48 do relatório, que pode ser acessado neste link.
A página oficial da Sputnik V fez uma postagem no Twitter na manhã desta segunda-feira (15), ressaltando o conteúdo do documento. Veja abaixo:
O Departamento de Saúde dos Estados Unidos confirmou publicamente que pressionou o Brasil contra a Sputnik V. Os países devem trabalhar juntos para salvar vidas. Os esforços para minar as vacinas são antiéticos e custam vidas.
👇https://t.co/Ga5i4zvbCt Pág. 48 pic.twitter.com/9mszFs3iYQ— Sputnik V (@sputnikvaccine) March 15, 2021