12/06/2023 - 15:05
Embora, no mercado, já seja dado como certo que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá manter a atual meta de inflação nos 3%, mas mudando a sua vigência de ano calendário para meta contínua, os membros do governo que votam no Conselho resolveram se fechar em copas quando o assunto vai para questionamentos sobre a meta. “Esse assunto é um não assunto até a reunião do CMN”, disse, aos risos, nesta segunda-feira, 12, a ministra do Planejamento e Gestão, Simone Tebet, ao sair de evento do qual participou na sede da Febraban, em São Paulo.
O CMN, que conta com os votos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da ministra Tebet e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, deve se reunir no próximo dia 29 para deliberar sobre a meta de inflação para 2024.
O ministro Fernando Haddad já tem manifestado publicamente a sua predileção pela meta contínua, como já o é em vários países do mundo, como nos Estados Unidos, por exemplo. Por conta deste posicionamento de Haddad, o mercado já dá como favas contadas a manutenção da meta numérica e a mudança sua sistemática, de ano calendário para a contínua.
Campos Neto já disse em vários eventos públicos que acredita numa solução sem grandes problemas para esta questão da meta, o que sugere no mercado que seu voto deverá seguir o de Haddad.