O mercado de diamantes movimenta cerca de mais US$ 300 bilhões por ano. No Brasil, deve atingir US$ 3,59 bilhões em 2024 e crescer em torno de 8,31% para atingir US$ 5,34 bilhões até 2029. Para essas preciosidades chegarem aos colos, braços e dedos femininos e masculinos, é preciso percorrer um caminho que começa bem antes do que se vê nas lojas. E é exatamente aí que entram negócios como o BSM (Buyer Seller Meeting).

O evento é organizado pela Mubri Internacional, a principal associação de joalheiros do mundo, realizado em lugares como Dubai, nos Emirados Árabes, Barcelona, na Espanha e Jaipur, Surat e Mumbai, na Índia e Riyadh, na Arábia Saudita, e que agora chega ao Brasil com um objetivo de aproximar grandes empresas líderes do setor de diamantes, metais preciosos, fabricantes de joias em ouro e prata.

Com data marcada em 14 e 15 de maio, no Hotel Renaissance, em São Paulo, o BSM traz um conceito diferente das tradicionais feiras de joias. Por ser bem menor, mais exclusivo e realmente focado em expositores e empresas convidadas pela organização do evento no setor varejista, atacadista e independente da joalheria e comercialização de pedras preciosas com alcance nacional e regional, proporciona um ambiente mais seguro, positivo e viável de negócios a empresários estrangeiros e sul-americanos.

“No BSM, os expositores encontram os seus clientes reais. Nas feiras de joias, por serem muito grandes e terem um número enorme de expositores, muitas vezes não conseguem conhecer nem o produto, nem a capacidade e estrutura das empresas expositoras – acabam tendo que escolher, e geralmente ganham as empresas bem localizadas dentro da feita, o que é injusto. Diferente do BSM, onde o comprador tem a oportunidade de conhecer absolutamente tudo, de uma maneira muito mais tranquila e eficiente, aumentando não só a qualidade da visita, mas abrindo possibilidade de negócios bilaterais”, explica Ali Pastorini, diretora do BSM Brasil, que conta ainda com o apoio da GJEPC Índia, principal organização joalheira da Índia e da Diamond Dealers Club, a bolsa de diamantes de Nova York.

“É exatamente por isso que faz tanto sucesso lá fora. Como é um evento exclusivo, privado e de um porte bem menor, consegue alcançar o objetivo de que todos se conheçam e tenham tempo de realmente conversarem, trocarem informações e experiências em um ambiente seguro e até divertido”, completa.

Brasil e América do Sul

Por ser brasileira, Pastorini, consultora das principais empresas diamantes do mundo e que coordena o BSM ao redor do mundo, sentiu que era a hora de realizar um evento privado, exclusivo e de alta qualidade no país, para justamente aproximar essas grandes empresas internacionais, fornecedoras de grandes cadeias de joias ao redor do mundo, que têm os produtos de melhor qualidade e as últimas novidades, aos grandes, médios e pequenos empresários nacionais e de toda a região sul-americana. O objetivo é valorizá-los já que nas feiras, acabam ficando muito dispersos. “Algumas empresas focam mais no mercado asiático, outras no norte-americano, então é difícil estarem no mesmo ambiente. Agora, vamos reunir no Brasil todos os grandes fornecedores do setor de diamantes, de joias em ouro, de joias em prata e gemas coloridas em um só lugar, e não tão grande”, comenta a presidente internacional do Mubri.

Segundo ela, aumentando essa rede de contatos entre os estrangeiros e empresários brasileiros e sul americanos, pode-se inclusive abrir outros caminhos de negócios além da compra e venda. “Quem sabe potenciais sociedades, investimentos no país, novas tecnologias e a criação de relações a longo prazo com nomes extremamente respeitados e conhecidos a nível mundial e que têm interesse em conhecer e explorar esses novos mercados, que ainda não atuam”, pontua. E embora os mercados brasileiro e sul americano sejam desafiadores pela burocracia e legislação, são muito fortes em termos de consumo, o que faz com que valha a pena o desafio de realizar um evento como esse para estimular o setor. “A cadeia toda ganha: fabricantes, lojistas, atacadistas e o consumidor final, que comprará um produto diferenciado e de alta qualidade, ou seja, um investimento muito melhor”.

Os expositores

As empresas expositoras no BSM são fabricantes de diamantes, metais preciosos e joias com base em países como Estados Unidos, Bélgica, Índia e Turquia e escritórios nos cinco continentes, muitas delas premiadas e líderes mundiais com reconhecimento por trabalho e produto de excelência. Alguns expositores também fazem parte do Natural Diamond Council e todos são membros da RJC (Responsible Jewellery Council), órgãos internacionais promovem a produção de diamantes, metais e joias de forma sustentável.

O evento também traz empresas de diamantes DTC sightholders, ou seja, que possuem autorização para comprar diamantes brutos diretamente com a De Beers, conglomerado envolvido na mineração e comércio desses diamantes (atualmente, apenas 54 companhias), e fornecedores de grandes varejistas como a Signet Jewelers e grifes como a Tiffany & Co e Cartier.

Além do Brasil, o BSM também deve acontecer em Istambul, na Turquia e em Toronto no Canadá. Vale lembrar que os produtos disponíveis e apresentados durante o evento não estarão disponíveis para compra imediata, apenas sob encomenda.