O Conselho de Administração da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) decidiu substituir a cúpula do colegiado que administra o Porto de Santos, o maior da América Latina, presa nesta quarta, 31, pela Polícia Federal, na Operação Tritão – investigação sobre fraudes a licitações que somaram R$ 37 milhões. A mudança atinge cargos estratégicos da companhia, inclusive o diretor-presidente e, ainda, o superintendente Jurídico e a Diretoria de Relações com Mercado e Comunidade.

A Operação Tritão prendeu José de Alex Botelho de Oliva, que ocupava o cargo de diretor-presidente da Codesp, Gabriel Nogueira Eufrásio (superintendente Jurídico) e Cleveland Sampaio Lofrano (diretor de Relações com o Mercado e Comunidade).

Outros quatro investigados foram presos por ordem do juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5.ª Vara Federal de Santos. O magistrado ordenou buscas em 21 endereços.

Em nota oficial, o Conselho de Administração da Codesp – estatal que administra o porto – informou que “consciente de sua responsabilidade e comprometido com a governança e operação do maior Porto da América Latina”, decidiu substituir o diretor-presidente e o diretor de Relações com o Mercado e Comunidade, por, respectivamente, Luiz Fernando Garcia e José Alfredo de Albuquerque e Silva.

Segundo a nota, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil indicou o novo presidente do Conselho de Administração, Ogarito Borgias Unhares, porque o atual presidente do colegiado foi indicado para a diretoria executiva da empresa.